A presidenta Dilma Rousseff convocou ministros, na manhã de hoje (2), para duas reuniões de emergência no Palácio do Planalto a fim de tratar de denúncias de espionagem dos Estados Unidos sobre ela e assessores diretos, divulgadas nesse domingo (1º) no programa Fantástico, da TV Globo.
A primeira reunião começou por volta das 10h e teve a presença dos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, do Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito, e da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho. A segunda, logo em seguida, teve, além de Cardozo, os ministros das Comunicações, Paulo Bernardo, da Defesa, Celso Amorim, e das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado.
Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência, as duas reuniões já terminaram. Nenhum dos ministros falou. Desde que as informações começaram a ser divulgadas, em junho, os ministros das Comunicações e da Justiça manifestaram preocupação com as denúncias, consideradas atos contra a liberdade dos cidadãos e a soberania nacional.
Hoje, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, foi ao Itamaraty prestar esclarecimentos sobre o tema ao chanceler Figueiredo Machado. Depois da reunião, Shannon saiu sem falar com a imprensa e Figueiredo Machado foi para a reunião com Dilma e outros ministros.
A denúncia
A reportagem exibida na noite de ontem no Fantástico, denuncia que a presidente foi alvo direto da espionagem realizada pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos), a informação faz parte dos documento vazados por Edward Snowden, ex-técnico da NSA.
Teriam sido monitoradas comunicações entre Dilma e seus assessores, entre os assessores e dos assessores com terceiros. Enrique Peña Nieto, atual presidente mexicano, na época líder na campanha presidencial, também teria sido espionado.
O objetivo da operação seria o de "melhorar a compreensão dos métodos de comunicação e dos interlocutores da presidente e seus principais assessores".

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